Como devem (ou não) ter reparado, as datas dos posts não correspondem às datas verdadeiras em que as coisas aconteceram. Portanto, finjam que este post é de... 27 de Outubro, vá.
Amsterdão by day - Canais... e muito mais.
Depois de uma viagem de autocarro bastante animada (apesar de ser sábado de manhã) chegámos por volta das 13h à estação Amstel. A partir daí seguimos para o nosso alojamento, o fantástico Hotel Princess, que pelo nome até parece uma coisa em condições. Mas pronto, não é. É um hostel como outro qualquer. À chegada pudemos ter o prazer de testemunhar uma discussão (mais que) acesa entre um suposto hóspede e um dos elementos do pessoal do hotel, que acabou por não resultar em nada de sério (apesar de não faltar vontade ao suposto hóspede, embora nós não conseguíssemos perceber qual era o problema). Com o aviso da chegada da polícia, ele lá achou melhor ir embora. Se calhar lembrou-se que tinha deixado um bolo no forno. Adiante. Esta era a vista do nosso quarto:
Juro que queria pôr aqui o nome da rua, mas não faço a mínima ideia qual é.
Partimos depois para a descoberta da cidade. Tentámos ir logo à casa da Anne Frank, mas mudámos rapidamente de ideias quando vimos a fila e ficou para o dia seguinte. Em vez disso, um momento cultural: a visita ao museu Van Gogh. Não sou um grande apreciador de pintura, mas já que estamos aqui...
Como não se podia tirar fotos lá dentro, é tudo o que posso dar
Não posso dizer que não tenha gostado de visitar o museu, e posso dizer que o homem tem pinturas fantásticas, apesar de não conseguir apreciar tudo com um olho de especialista. Além do mais, foi bom descobrir mais sobre a vida de alguém que, enquanto esteve neste mundo, não vendeu quadros que chegassem para pagar o material que usava e que agora tem direito a um museu com o nome dele, e a maneira como o próprio e os pintores contemporâneos viam o seu trabalho através das cartas também expostas no museu.
A seguir, mais uns passeios pela cidade, que na verdade não é nada grande. Passando por uma espécie de feira popular no centro da cidade, muitas coffeeshops e, claro, canais.
A Leidseplein, no centro da cidade
Já com algumas coffeshops à vista
O centro comercial
O Madame Tussaud lá do sítio
A equipa multiplurisupermegaextrainterdisciplinar junto ao monumento nacional
Mais uma volta, mais uma viagem!
Olha, somos nós!
Acabado o passeio, e com a noite a cair, chegou finalmente a altura de conhecer o outro lado da cidade... porque, tal como dizem os Arctic Monkeys, they say it changes when the sun goes down... e muda mesmo!
Amsterdão by night - Red Lights & Space Cakes
É verdade que a chuva não ajudava, mas depois de percorrer várias ruas na escolha da coffeeshop mais apelativa, lá nos instalamos na Hunter's.
E a verdade é que fizemos uma excelente escolha. Não havia luzes de néon por todo o lado nem música irritante a um volume ainda mais irritante. O ambiente estava muito positivo (vá-se lá saber porquê) e o pessoal todo... tranquilo. Portanto, só faltava mesmo fazer o pedido... a minha escolha recaiu no space cake:
Bolo de chocolate + cenas que fazem rir
Depois de algum tempo na conversa e a aproveitar o ambiente da coffeeshop, houve tempo para mais umas voltas pelo Red Light District, que é das coisas que só mesmo visto dá para perceber o que é... é como se entrássemos num sítio que não obedece às regras do resto do mundo, do país ou mesmo do resto da cidade, mas que ainda assim consegue ser extremamente controlado e seguro. No fundo, é como se fôssemos a qualquer lado ver as montras, só muda o conteúdo... e por falar no conteudo, vem em todas as formas e feitios para agradar a toda a gente :)
Mas voltando ao panorama do District, é mesmo algo de completamente diferente, e visitá-lo é uma experiência que toda a gente devia ter. Por muito que tente, não consigo descrever aquela zona. Para quem nunca tinha ido lá, como eu, foi muito estranho no início passear por lá, mas é fácil libertarmo-nos das ideias que temos, aceitar o ambiente e perceber que quando as coisas são feitas de forma legal, segura e controlada, tudo funciona melhor. Obviamente, não se podem tirar fotografias às montras, e basta aparecer um flash que aparecce logo um cavalheiro de gabardine preta para esclarecer o assunto. Aqui ficam as fotos possíveis:
Pois, é mesmo o que diz
Ainda não era beeeem de noite, mas as luzes já acendiam
Já jantados, continuamos a nossa ronda pela cidade, mas o tempo não convidava a grandes passeios, por isso regressámos ao hotel para voltarmos a sair mais tarde. Já eu me tinha esquecido do que tinha lanchado quando o space cake começou a atacar... e não atacou muito! E não atacou pouco! Bastante! Tanto que a escadaria íngreme do hotel pareceu ainda mais difícil de subir (e sobretudo descer)... chegados ao quarto, foi altura de aproveitar verdadeiramente a viagem cósmica. O space cake foi, pelo menos para mim, uma experiência fantástica... o mundo ficou beeem mais bonito :) e fez com que, apesar de estarmos dentro do quarto, tenhamos passado uma noite de muitas gargalhadas... sobretudo pelo estado de um dos elementos do grupo :D. Ora, como eu disse, nós tinhamos regressado ao quarto para descansar um bocado e voltar a sair. Assim que já tínhamos descansado o suficiente, foi mais ou menos assim a conversa:
Eu: "Então, não é para sair?"
[pausa na conversa]
Ricardo: "É... vamos."
[pausa maior na conversa]
Eu: "Mesmo?"
Ricardo: "Aaah... acho que não"
Eu: "Pois, também já não consigo"
Eu: "Até amanhã"
Ricardo: "Até amanhã"
Pois. A verdade é que com o space cake, o passeio pela cidade e a viagem de autocarro, ninguém se sentiu em condições de voltar a sair :D mas, como já disse, foi uma beeeeeeeela noite que passámos no quarto :D
Amsterdão by day (II)
Logo pela manhã, para evitar as filas, fomos visitar a casa/museu da Anne Frank, o que acabou por ser uma experiência muito mais forte do que eu estava à espera. A sensação de estar mesmo naquela casa, mesmo sem mobiliário, permite ter uma noção completamente diferente de como era a vida naquelas condições, para ela e para todos os judeus anónimos. Definitivamente a não perder em Amsterdão.
Terminada a visita, encontrávamo-nos mesmo na zona de partida dos passeios pelos canais, portanto alugámos o nosso poderoso barco a pedais e metemo-nos a caminho! Depois de resolvidos os problemas iniciais de navegação (entenda-se conseguir pôr o barco a andar em linha recta) já pudemos apreciar melhor o passeio. E, realmente, é um passeio excelente. Além da perspectiva diferente que se tem da cidade, é muito agradável pedalar à vontade pelos canais...
...a não ser, claro, quando temos um barco turístico a vir na nossa direcção e não conseguimos guiar o barco para nos afastarmos. Aí já começa a ser um bocado desagradável :D ainda por cima, à entrada de um túnel! Depois do pânico, e de um encontro (quase) imediato (não ficámos a mais de 5cm) com o casco do outro barco (que era um bocadiiiiinho maior que o nosso) e de assustar o comandante e as pessoas que estavam na ponte a ver, lá terminou tudo em sorrisos e gargalhadas.
Não parece muito assustador... a não ser quando vem na nossa direcção!
Depois de ultrapassado o percalço, continuamos o nosso passeio sem mais incidentes, acabando com um "estacionamento" perfeito. Já a seguir ao almoço, continuámos às voltas pela cidade:
Incluindo uma breve visita ao Hard Rock Cafe:
Até que nos decidimos a dar uma volta numa das atracções da feira popular que estava instalada na cidade. E quando digo feira popular, não pensem que foi um passeio nos carrinhos de choque. 75m de altura, 120km/h e 4.3g... e toda uma cidade (e todo um estômago) virado ao contrário:
Lá em cima está o tiroliroliro...
Cá em baixo está o tiroliroló...
Depois de recuperados da lavagem cerebral (mais uma vez, um dos elementos do grupo teve uma visão mais... particular (Gritos. Muitos.) da experiência) chegou a hora de começar os preparativos para o regresso. Algumas visitas às lojas de recordações, uma última ronda pela cidade e foi tempo de regressarmos à nossa vidinha de estagiários...
Antes de terminar, os últimos postais:
Tot ziens!