terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Antuérpia

Mais uma saída, agora só de um dia, porque o destino não era longe: a beeeeeeela localidade de Antuérpia. Ou Anvers. Ou Antwerpen. Já começam a perceber como isto funciona.

Chegámos de manhã cedo à estação central de Antuérpia (depois de mais uma corrida para apanhar o comboio em Bruxelas).


Saída da estação

Não sei se sabem, mas Antuérpia é a capital mundial dos diamantes. Se houvessem dúvidas, as 7 lojas de diamantes que se podiam ver da porta da estação ajudavam a esclarecê-las. Continuando, deixo já os primeiros postais:









A casa-museu do pintor Rubens



A Boerentoren (ou torre do pão), um dos arranha-céus mais antigos do mundo


Não sei se já repararam que as pessoas que desenharam as cidades por aqui não tinham muita imaginação: era fazer uma praça central (Grand Place ou Grote Markt) e depois o pessoal amanhava-se como podia à volta dela. Em Antuérpia também a há:








Uma tentativa de imitar a posição da estátua... e um redondo falhanço.

Aproveito para partilhar a minha infindável sabedoria com uma explicação sobre esta estátua. Conta a lenda que o nome da cidade (Antwerpen) provém de uma lenda que diz que naquele local, o homenzinho que está na estátua matou um gigante, cortou-lhe a mão e atirou-a (sabe-se lá para onde ou porquê). Mas então, perguntam vocês, o que é que isso tem a ver com o nome da cidade. Calma. O que é que se vê na estátua? Uma mão a ser atirada. A palavra para mão (hand, como em inglês) tornou-se hant e depois ant ao longo dos anos e juntou-se a werpen, que significa "atirar". E assim temos Antwerpen. Tcharaaaaaan! Após este momento enriquecedor, mais postais:


A catedral de Antuérpia






E porque Antuérpia tem o segundo maior porto da Europa, uma foto mais aquática



Het Steen (A Pedra), o castelo de lá



Pergunto-me com que é que os de baixo estarão tão admirados






A gastronomia persegue-nos...



O tribunal (embora pareça mais um pavilhão da Expo 98)



Aaaaah... um prédio


E pronto, assim se passou mais uma visita! Até já!

Pode não parecer, mas...

...também vim para aqui estagiar. Não me tenho é lembrado de falar disso aqui. Depois do primeiro local de estágio (CTR) do qual acho que já falei, fui para o Centre Hospitalier Albert Laurent, um centro de reabilitação de idosos com problemas sobretudo ortopédicos. Não foi tão bom como o primeiro estágio; o centro não estava tão bem equipado (chegava-se a ter que fazer fila para usar a bicicleta) e não havia tanto cuidado com o planeamento do tratamento. Ainda assim, os pacientes eram acompanhados por uma equipa alargada, e a forma de trabalhar continua a ser melhor do que a maior parte dos sítios na nossa terrinha, e as formações que davam durante o estágio eram muito boas.

Estou agora, no último módulo, no serviço de internamento de patologia cardiovascular e no centro de reabilitação cardíaca do Hospital Saint-Luc, e só posso dizer que é fantástico. Mas como não estou com paciência para escrever muito sobre isso, digo só que tem uma organização e um método e condições de trabalho que metem tudo o que já vi no bolso (e naquele pequeno que há dentro dos bolsos das calças).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais Bruxelas

Mais um fim de semana, ou melhor, dois, e mais passeios (que ainda há muito para ver) por aqui. Começando por St. Gilles:






E continuando pela catedral de St. Michel e St. Gudula, mais no centro da cidade:






Agora no interior:







E vamos agora ver o Parc du Cinquantennaire, uma vista panorâmica da cidade e as galerias reais (mesmo à guia turístico, porque ando atrasado nas notícias):


Museu Nacional de Arte e História (no parque)


O parque propriamente dito


O Arco do Triunfo de Bruxelas (não sabiam, pois não? Aaaaaaah)


Isto sou eu a armar-me em artista outra vez


Outra parte do museu


Panorâmica 1


Panorâmica 2

Vou só aproveitar para dizer que a panorâmica não era no último andar de um edifício famoso ou no cimo de um monte com árvores e jardins mas sim... no topo de um parque de estacionamento. Panorâmica gratuita, portanto. Para acabar, tal como prometido, as galerias:






E pronto, fica assim tudo muito despachadinho que tenho coisas para fazer e para contar. Fui!



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Amsterdão!

Como devem (ou não) ter reparado, as datas dos posts não correspondem às datas verdadeiras em que as coisas aconteceram. Portanto, finjam que este post é de... 27 de Outubro, vá.


Amsterdão by day - Canais... e muito mais.

Depois de uma viagem de autocarro bastante animada (apesar de ser sábado de manhã) chegámos por volta das 13h à estação Amstel. A partir daí seguimos para o nosso alojamento, o fantástico Hotel Princess, que pelo nome até parece uma coisa em condições. Mas pronto, não é. É um hostel como outro qualquer. À chegada pudemos ter o prazer de testemunhar uma discussão (mais que) acesa entre um suposto hóspede e um dos elementos do pessoal do hotel, que acabou por não resultar em nada de sério (apesar de não faltar vontade ao suposto hóspede, embora nós não conseguíssemos perceber qual era o problema). Com o aviso da chegada da polícia, ele lá achou melhor ir embora. Se calhar lembrou-se que tinha deixado um bolo no forno. Adiante. Esta era a vista do nosso quarto:


Juro que queria pôr aqui o nome da rua, mas não faço a mínima ideia qual é.

Partimos depois para a descoberta da cidade. Tentámos ir logo à casa da Anne Frank, mas mudámos rapidamente de ideias quando vimos a fila e ficou para o dia seguinte. Em vez disso, um momento cultural: a visita ao museu Van Gogh. Não sou um grande apreciador de pintura, mas já que estamos aqui...



Como não se podia tirar fotos lá dentro, é tudo o que posso dar

Não posso dizer que não tenha gostado de visitar o museu, e posso dizer que o homem tem pinturas fantásticas, apesar de não conseguir apreciar tudo com um olho de especialista. Além do mais, foi bom descobrir mais sobre a vida de alguém que, enquanto esteve neste mundo, não vendeu quadros que chegassem para pagar o material que usava e que agora tem direito a um museu com o nome dele, e a maneira como o próprio e os pintores contemporâneos viam o seu trabalho através das cartas também expostas no museu.

A seguir, mais uns passeios pela cidade, que na verdade não é nada grande. Passando por uma espécie de feira popular no centro da cidade, muitas coffeeshops e, claro, canais.




A Leidseplein, no centro da cidade


Já com algumas coffeshops à vista


O centro comercial


O Madame Tussaud lá do sítio


A equipa multiplurisupermegaextrainterdisciplinar junto ao monumento nacional


Mais uma volta, mais uma viagem!


Olha, somos nós!

Acabado o passeio, e com a noite a cair, chegou finalmente a altura de conhecer o outro lado da cidade... porque, tal como dizem os Arctic Monkeys, they say it changes when the sun goes down... e muda mesmo!

Amsterdão by night - Red Lights & Space Cakes

É verdade que a chuva não ajudava, mas depois de percorrer várias ruas na escolha da coffeeshop mais apelativa, lá nos instalamos na Hunter's.




E a verdade é que fizemos uma excelente escolha. Não havia luzes de néon por todo o lado nem música irritante a um volume ainda mais irritante. O ambiente estava muito positivo (vá-se lá saber porquê) e o pessoal todo... tranquilo.  Portanto, só faltava mesmo fazer o pedido... a minha escolha recaiu no space cake:


Bolo de chocolate + cenas que fazem rir

Depois de algum tempo na conversa e a aproveitar o ambiente da coffeeshop, houve tempo para mais umas voltas pelo Red Light District, que é das coisas que só mesmo visto dá para perceber o que é... é como se entrássemos num sítio que não obedece às regras do resto do mundo, do país ou mesmo do resto da cidade, mas que ainda assim consegue ser extremamente controlado e seguro. No fundo, é como se fôssemos a qualquer lado ver as montras, só muda o conteúdo... e por falar no conteudo, vem em todas as formas e feitios para agradar a toda a gente :)
Mas voltando ao panorama do District, é mesmo algo de completamente diferente, e visitá-lo é uma experiência que toda a gente devia ter. Por muito que tente, não consigo descrever aquela zona. Para quem nunca tinha ido lá, como eu, foi muito estranho no início passear por lá, mas é fácil libertarmo-nos das ideias que temos, aceitar o ambiente e perceber que quando as coisas são feitas de forma legal, segura e controlada, tudo funciona melhor. Obviamente, não se podem tirar fotografias às montras, e basta aparecer um flash que aparecce logo um cavalheiro de gabardine preta para esclarecer o assunto. Aqui ficam as fotos possíveis:

 
Pois, é mesmo o que diz





Ainda não era beeeem de noite, mas as luzes já acendiam

Já jantados, continuamos a nossa ronda pela cidade, mas o tempo não convidava a grandes passeios, por isso regressámos ao hotel para voltarmos a sair mais tarde. Já eu me tinha esquecido do que tinha lanchado quando o space cake começou a atacar... e não atacou muito! E não atacou pouco! Bastante! Tanto que a escadaria íngreme do hotel pareceu ainda mais difícil de subir (e sobretudo descer)... chegados ao quarto, foi altura de aproveitar verdadeiramente a viagem cósmica. O space cake foi, pelo menos para mim, uma experiência fantástica... o mundo ficou beeem mais bonito :) e fez com que, apesar de estarmos dentro do quarto, tenhamos passado uma noite de muitas gargalhadas... sobretudo pelo estado de um dos elementos do grupo :D. Ora, como eu disse, nós tinhamos regressado ao quarto para descansar um bocado e voltar a sair. Assim que já tínhamos descansado o suficiente, foi mais ou menos assim a conversa:

Eu: "Então, não é para sair?"
[pausa na conversa]
Ricardo: "É... vamos."
[pausa maior na conversa]
Eu: "Mesmo?"
Ricardo: "Aaah... acho que não"
Eu: "Pois, também já não consigo"
Eu: "Até amanhã"
Ricardo: "Até amanhã"

Pois. A verdade é que com o space cake, o passeio pela cidade e a viagem de autocarro, ninguém se sentiu em condições de voltar a sair :D mas, como já disse, foi uma beeeeeeeela noite que passámos no quarto :D


Amsterdão by day (II)

Logo pela manhã, para evitar as filas, fomos visitar a casa/museu da Anne Frank, o que acabou por ser uma experiência muito mais forte do que eu estava à espera. A sensação de estar mesmo naquela casa, mesmo sem mobiliário, permite ter uma noção completamente diferente de como era a vida naquelas condições, para ela e para todos os judeus anónimos. Definitivamente a não perder em Amsterdão.

Terminada a visita, encontrávamo-nos mesmo na zona de partida dos passeios pelos canais, portanto alugámos o nosso poderoso barco a pedais e metemo-nos a caminho! Depois de resolvidos os problemas iniciais de navegação (entenda-se conseguir pôr o barco a andar em linha recta) já pudemos apreciar melhor o passeio. E, realmente, é um passeio excelente. Além da perspectiva diferente que se tem da cidade, é muito agradável pedalar à vontade pelos canais...
















...a não ser, claro, quando temos um barco turístico a vir na nossa direcção e não conseguimos guiar o barco para nos afastarmos. Aí já começa a ser um bocado desagradável :D ainda por cima, à entrada de um túnel! Depois do pânico, e de um encontro (quase) imediato (não ficámos a mais de 5cm) com o casco do outro barco (que era um bocadiiiiinho maior que o nosso) e de assustar o comandante e as pessoas que estavam na ponte a ver, lá terminou tudo em sorrisos e gargalhadas.






Não parece muito assustador... a não ser quando vem na nossa direcção!

Depois de ultrapassado o percalço, continuamos o nosso passeio sem mais incidentes, acabando com um "estacionamento" perfeito. Já a seguir ao almoço, continuámos às voltas pela cidade:













Incluindo uma breve visita ao Hard Rock Cafe:











Até que nos decidimos a dar uma volta numa das atracções da feira popular que estava instalada na cidade. E quando digo feira popular, não pensem que foi um passeio nos carrinhos de choque. 75m de altura, 120km/h e 4.3g... e toda uma cidade (e todo um estômago) virado ao contrário:



Lá em cima está o tiroliroliro...



Cá em baixo está o tiroliroló...


Depois de recuperados da lavagem cerebral (mais uma vez, um dos elementos do grupo teve uma visão mais... particular (Gritos. Muitos.) da experiência) chegou a hora de começar os preparativos para o regresso. Algumas visitas às lojas de recordações, uma última ronda pela cidade e foi tempo de regressarmos à nossa vidinha de estagiários...

Antes de terminar, os últimos postais:










Tot ziens!